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Curso: Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN)

Dividido em cinco módulos, o EAD ANPII trata da Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) em vídeo aulas com professores com grande experiência e atuação no mercado agrícola, confira:


Módulo 1 – O elemento Nitrogênio

 

- 79% do ar é composto por nitrogênio, porém está em uma forma pouco reativa

- Para transformá-lo em uma forma assimilável pelos seres vivos, são necessárias condições de alta temperatura e pressão

- Bactérias fixadoras possuem um complexo enzimático, nitrogenase, que catalisa a reação em condições de temperatura e pressão ambientes

- Existem três categorias de bactérias fixadoras de N:

- De vida livre, não associativas – possuem a nitrogenase em seu corpo e liberam o N fixado no solo

- De vida livre, associativas – podem se associar às camadas superficiais das raízes, fixam N em gramíneas e podem produzir fitohormônios, que estimulam o enraizamento

- Simbióticas – formam nódulos nas raízes das plantas, principalmente leguminosas, onde será gerada a nitrogenase e realizada a fixação do N

 

Módulo 2 - Fixação Biológica de Nitrogênio em leguminosas

 

- A formação dos nódulos ocorre a partir de uma comunicação química entre planta e bactéria no solo, ocasionando a infecção da raíz

- A nitrogenase requer condições anaeróbicas no nódulo para fixar o N. A regulação da concentração de oxigênio é realizada pela leghemoglobina, que confere cor avermelhada ao nódulo

- A nodulação e FBN da soja é maior na fase reprodutiva, por conta da maior demanda por N. Observa-se picos de nodulação no florescimento e no enchimento de grãos

- As principais formas de N fixado transportadas para a planta são ureídeos e aminoácidos

- A FBN representou uma economia de mais de 17 bilhões de dólares em fertilizantes nitrogenados só no Brasil, além da menor emissão de CO2 e lixiviação de nitrato

- Alguns fatores afetam positiva e negativamente a nodulação e fixação, como: Acidez do solo, matéria orgânica, temperatura, compactação do solo, umidade do solo, luminosidade, nutrição da planta, competitividade da bactéria e nitrogênio mineral

- Quanto maior a aplicação de N mineral, maior a redução na nodulação e na FBN. Doses acima de 20 kg de N/ha já prejudicam a simbiose

 

Módulo 3 - O inoculante

- Inoculante é o produto contendo o microrganismo promotor de crescimento das plantas. Ele é vendido em duas formas: líquido e sólido (ou turfoso)

- Mais de 80% da área de soja no Brasil é inoculada com Bradyrhizobium, uma bactéria fixadora de N

- Existem inoculantes com espécies de rizóbios específicas para cada cultura

- As espécies de bactérias se dividem em cepas ou estirpes, que apresentam diferentes capacidades de fixação de N

-  A produção de inoculantes deve ser feita em completa assepsia, com equipamentos adequados e por pessoal especializado

- Produzir o inoculante na própria fazenda pode gerar um produto de baixa qualidade e com presença de microrganismos indesejados

- Cuidados devem ser tomados com o inoculante, como armazená-lo em temperaturas amenas e longe do sol, utilizar o inoculante correto para a cultura correta e dentro do prazo de validade

- Existem duas formas principais de inoculação: na semente (essencial uma boa mistura para garantir um mínimo de 1.200.000 bactérias por semente) e no sulco (aplicar uma dose maior de inoculante do que a recomendada)

- Aplicação na caixa de semeadura apenas em último caso

- Semear, se possível, logo após a inoculação. Em áreas novas, inocular com, no mínimo, o dobro da dose recomendada

- Tomar cuidado com produtos como fungicidas e sais de micronutrientes, que causam mortalidade da bactéria

- Existem protetores biológicos no mercado que criam uma proteção para as bactérias em formulações líquidas

 

Módulo 4 - Resultados experimentais com o uso de inoculante

- É essencial a inoculação em primeiro ano de plantio, pois a bactéria não está presente no solo

- Mesmo com a bactéria estabelecida no solo, a inoculação anual (ou reinoculação) traz ganhos de produtividade

- Um estudo da Embrapa Soja com diversos ensaios chegou a uma média de 8% de ganho na produtividade com a prática da reinoculação no Brasil

- Além da importância para a leguminosa, a FBN beneficia a cultura seguinte disponibilizando N no solo por meio dos restos culturais

- Apesar de uma fixação não tão eficiente como na soja, a inoculação é uma prática vantajosa em outras leguminosas como o feijão comum e o feijão caupi, reduzindo a demanda por fertilizantes nitrogenados

 

Módulo 5 - Uso do Azospirillum na agricultura

- O Azospirillum, além de fixar N de forma livre no solo, produz fitohormônios (principalmente auxinas) que estimulam o enraizamento

- O aporte de N pelo Azospirillum ocorre ao longo de todo o ciclo da cultura. Um trabalho da Embrapa comprovou que a inoculação em milho pode reduzir a adubação nitrogenada em até 25%

- Mais de 8 milhões de hectares de cultivo de gramíneas no Brasil são inoculados com Azospirillum. O inoculante pode ser aplicado nas sementes, no sulco ou pulverizado nas folhas

- Outros inoculantes estão sendo testados e registrados no país, para uso em pastagens e cana-de-açúcar e para solubilização de fósforo e tolerância ao estresse hídrico

- A coinoculação é a aplicação conjunta do rizóbio e do Azospirillum em leguminosas

- Essa prática resulta em maior enraizamento inicial, nodulação mais precoce e maior número de nódulos. Consequentemente, mais N fixado para a planta

- 29% da área plantada com soja no Brasil é coinoculada. Diversos estudos comprovam ganhos ainda maiores na produtividade comparado apenas à inoculação de rizóbios

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